França: Líder da esquerda radical quer reconhecer Palestina se indicado primeiro-ministro

  • 08/07/2024
França: Líder da esquerda radical quer reconhecer Palestina se indicado primeiro-ministro
França: Líder da esquerda radical quer reconhecer Palestina se indicado primeiro-ministro (Foto: Reprodução)

Jean-Luc Mélenchon, a figura mais destacada da extrema-esquerda na França, comprometeu-se em seu discurso de vitória após abertura o resultado das urnas no segundo turno das eleições, neste domingo (07), a defender o reconhecimento de um Estado Palestino.

A proposta do líder do partido A França Insubmissa (LFI) contrasta com a de sua adversária política de direita, Marine Le Pen, cujo partido se opõe à ideia de um Estado Palestino.

A esquerda francesa deve tentar indicar o novo primeiro-ministro dentro da coligação Nova Frente Popular (NFP), mas governabilidade é incógnita.

“Teremos um primeiro-ministro da Nova Frente Popular”, escreveu o líder da extrema esquerda francesa de 72 anos no X [antigo Twitter] na noite de domingo.

On va augmenter le SMIC : par décret. Mais pour obtenir des augmentations dans chaque branche professionnelle, il faudra que vous vous mobilisiez partout. Notre gouvernement aura l'autorité que le peuple lui donne dans l'action.#ElectionsLegislatives2024 #VictoireNFP pic.twitter.com/OfYNvlIjcj

— Jean-Luc Mélenchon (@JLMelenchon) July 7, 2024

“Poderemos decidir muitas coisas por decreto. No nível internacional, precisamos concordar em reconhecer o Estado da Palestina.”

De acordo com o DW, a esquerda deve tentar indicar novo primeiro-ministro, mas governabilidade é incógnita, e Assembleia Nacional ainda arrisca paralisação.

‘Reconhecer terrorismo’

Le Pen defendeu que seu partido, o National Rally, tem uma longa tradição sionista. Em novembro do ano passado, a política e o presidente do National Rally, Jordan Bardella, participaram de um comício pró-Israel.

Em 24 de junho, Bardella afirmou: "Reconhecer a Palestina agora seria equivalente a reconhecer o terrorismo."

Nenhum partido conseguiu obter maioria no segundo turno das eleições parlamentares da França, realizado no último domingo, onde estavam em disputa todas as 577 cadeiras da Assembleia Nacional.

Segundo o jornal Le Monde, a aliança de esquerda New Popular Front conquistou 182 cadeiras, enquanto o grupo centrista Ensemble, apoiado pelo presidente Emmanuel Macron, garantiu 168 assentos.

O National Rally assegurou 143 cadeiras, um resultado que se mostrou decepcionante para o partido após liderar o primeiro turno das eleições há uma semana, quando parecia estar próximo de alcançar uma maioria absoluta. No entanto, uma estratégia colaborativa entre candidatos centristas e de esquerda, que envolveu a desistência de disputas em que o outro partido tinha maior chance de vitória, foi eficaz para impedir o avanço do National Rally.

Domingo representou uma vitória para Mélenchon, líder do partido de extrema-esquerda France Unbowed, apesar das acusações de usar retórica que ecoa estereótipos antissemitas e de minimizar a ameaça do antissemitismo.

Isso ocorre em um contexto onde o governo francês registrou um aumento significativo nos ataques contra judeus — mais de 360 incidentes apenas nos primeiros três meses de 2024, o que representa um aumento de 300% em comparação ao mesmo período de 2023. Ainda assim, Mélenchon descreveu o antissemitismo na França como "residual".

A votação e os resultados recentes colocaram muitos judeus franceses em uma posição desconfortável, com muitos expressando preocupação de que a retórica da extrema esquerda tenha facilitado o surgimento do antissemitismo. Uma pesquisa realizada pelo American Jewish Committee (AJC) na Europa revela que 92% dos judeus franceses acreditam que o partido France Unbowed "contribuiu" para o aumento do antissemitismo no país.

Impasse político

Agora, um impasse político parece estar se formando no futuro da França. Após os resultados eleitorais, o primeiro-ministro centrista Gabriel Attal, que tem raízes judaicas, anunciou sua intenção de renunciar ao cargo. No entanto, Macron, que é o presidente ainda, negou o pedido.

A comunidade judaica na França, que conta com cerca de 500.000 pessoas, tem enfrentado tempos turbulentos desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro e a subsequente ofensiva militar israelense em Gaza, que resultou em extensas destruições no enclave. Além disso, desde o ataque de 7 de outubro, a França registrou um aumento nos incidentes antissemitas.

Um caso recente particularmente chocante envolveu dois adolescentes acusados de estuprar uma menina judia de 12 anos, proferindo insultos antissemitas durante o ato. Este incidente tem reverberado por todo o país, aumentando as preocupações sobre a segurança da comunidade judaica.

Na semana passada, em Paris, a avó de 88 anos da deputada do Knesset israelense Sharren Haskel, do partido Nova Esperança, foi vítima de um ataque antissemita.

O incidente, perpetrado por dois indivíduos árabes fora da residência da idosa, tem contribuído para o aumento da preocupação com atos de antissemitismo na França.

Para alguns judeus franceses, um momento particularmente chocante ocorreu logo após o ataque de 7 de outubro, quando vários políticos de extrema esquerda se recusaram a condenar explicitamente o ataque do Hamas a Israel.

Em contraste, Marine Le Pen repudiou o antissemitismo, condenou o ataque do Hamas e adotou uma postura decididamente pró-Israel.

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/israel/franca-lider-da-esquerda-radical-quer-reconhecer-palestina-se-indicado-primeiro-ministro.html


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 10

top1
1. Deus Proverá

Gabriela Gomes

top2
2. Algo Novo

Kemuel, Lukas Agustinho

top3
3. Aquieta Minh'alma

Ministério Zoe

top4
4. A Casa É Sua

Casa Worship

top5
5. Ninguém explica Deus

Preto No Branco

top6
6. Deus de Promessas

Davi Sacer

top7
7. Caminho no Deserto

Soraya Moraes

top8
8.

Midian Lima

top9
9. Lugar Secreto

Gabriela Rocha

top10
10. A Vitória Chegou

Aurelina Dourado


Anunciantes